Biblioteca digital

terça-feira, 14 de abril de 2009

BIBLIOTECA DO SENADO FEDERAL

Livros: http://www.senado.gov.br/sf/biblioteca/servicos/novas_aquisicoes.asp

Sumários de revistas: http://www.senado.gov.br/sf/biblioteca/servicos/sumario_revistas.asp

BIBLIOTECAS DO MUNDO

Bibliotecas do Mundo


Biblioteca Apostólica Vaticana - biblioteca que possui um arquivo secreto: bav.vatican.va

Biblioteca Central - localize os livros das bibliotecas da UFRGS: www.biblioteca.ufrgs.br

Biblioteca del Congreso - item Expo Virtual mostra alguns tesouros dessa biblioteca argentina: www.bcnbib.gov.ar

Biblioteca Digital Andina - Bolívia, Colômbia, Equador e Peru estão representados: www.comunidadandina.org/bda

Biblioteca Digital de Obras Raras - livros completos digitalizados, como um de Lavoisier editado no século 19: www.obrasraras.usp.br

Biblioteca do Hospital do Câncer - índice desse acervo especializado em oncologia: www.hcanc.org.br/outrasinfs/biblio/biblio1.html

Biblioteca do Senado Federal - sistema de busca nos 150 mil títulos da biblioteca: www.senado.gov.br/biblioteca

Biblioteca Mário de Andrade - acervo, eventos e história da principal biblioteca de São Paulo: www.prefeitura.sp.gov.br/mariodeandrade

Biblioteca Nacional de Portugal - apresenta páginas especiais com reproduções relacionadas a Eça de Queirós e a Giuseppe Verdi, entre outros: www.bn.pt

Biblioteca Nacional de España - entre as exposições virtuais, uma interessante coleção cartográfica do século 16 ao 19: www.bne.es

Biblioteca Nacional de la República Argentina - biblioteca, mapoteca e fototeca: www.bibnal.edu.ar

Biblioteca Nacional de Maestros - biblioteca argentina voltada para a comunidade educativa: www.bnm.me.gov.ar

Biblioteca Nacional del Perú - alguns livros eletrônicos, mapas e imagens: www.binape.gob.pe

Biblioteca Nazionale Centrale di Roma - expõe detalhes de obras antigas de seu catálogo: www.bncrm.librari.beniculturali.it

Biblioteca Româneasca - textos em romeno e dados sobre autores do país: biblioteca.euroweb.ro

Biblioteca Virtual Galega - textos em língua galega, parecida com o português: bvg.udc.es

Bibliotheca Alexandrina - conheça a instituição criada à sombra da famosa biblioteca, que sumiu há mais de 1.600 anos: www.bibalex.org/website

California Digital Library - imagens e e-livros oferecidos pela Universidade da Califórnia: californiadigitallibrary.org

Celtic Digital Library - história e literatura celtas: celtdigital.org

Círculo Psicanalítico de Minas Gerais - acervo especializado em psicanálise: www.cpmg.org.br/n_biblioteca.asp

Cornell Library Digital Collections - compilações variadas, sobre agricultura e matemática, por exemplo: moa.cit.cornell.edu

Corpus of Electronic Texts - história, literatura e política irlandesas: www.ucc.ie/celt

Crime Library - histórias reais de criminosos, espiões e terroristas: www.crimelibrary.com

Educ.ar Biblioteca Digital - em espanhol, apresenta livros e revistas de "todas as disciplinas": www.educ.ar/educar/superior/biblioteca_digital

Gallica - Bibliothèque Numérique - volumes da Biblioteca Nacional da França digitalizados: gallica.bnf.fr

Human Rights Library - mais de 14 mil documentos relacionados aos direitos humanos: www1.umn.edu/humanrts

IDRC Library - textos e imagens desse centro de estudos do desenvolvimento internacional: www.idrc.ca/library

Internet Ancient History Sourcebook - página dedicada à difusão de documentos da Antiguidade: www.fordham.edu/halsall/ancient/asbook.html

Internet Archive - guarda páginas da internet em seus diversos estágios de evolução: www.archive.org

Internet Public Library - indica páginas em que se podem ler documentos sobre áreas específicas do conhecimento: www.ipl.org

John F. Kennedy Library - sobre o presidente americano John F. Kennedy, morto em 1963: www.cs.umb.edu/jfklibrary

LibDex - índice para localizar mais de 18 mil bibliotecas do mundo todo e seus sites: www.libdex.com

Lib-web-cats - enumera bibliotecas de mais de 60 países, mas o foco são os EUA e o Canadá: www.librarytechnology.org/libwebcats

Libweb - outro site de busca de instituições, com 6.600 links de 115 países: sunsite.berkeley.edu/Libweb

Mosteiro São Geraldo - livros e periódicos sobre história e literatura húngara, filosofia, teologia e religião: www.msg.org.br

National Library of Australia - divulga periódicos australianos da década de 1840: www.nla.gov.au

Oxford Digital Library - centraliza acesso a projetos digitais das bibliotecas da Universidade de Oxford: www.odl.ox.ac.uk

Perseus Digital Library - dedicado a estudos sobre os gregos e romanos antigos: www.perseus.tufts.edu

Servei de Biblioteques - bibliotecas da Universidade Autônoma de Barcelona: www.bib.uab.es

The Aerial Reconnaissance Archives - recém-lançado, site promete divulgar 5 milhões de fotos aéreas da Segunda Guerra Mundial: www.evidenceincamera.co.uk

The British Library - além de busca no catálogo, tem coleções virtuais separadas por região geográfica: www.bl.uk

The Digital Library - diversas coleções temáticas, como a de escritoras negras americanas do século 19: digital.nypl.org

The Digital South Asia Library - periódicos, fotos e estatísticas que contam a história do Sul da Ásia: dsal.uchicago.edu

The Huntington - grande quantidade de obras raras em arte e botânica: www.huntington.org

The Math Forum - textos que se propõem a auxiliar no ensino da matemática: mathforum.org/library

The New Zealand Digital Library - destaque para os arquivos sobre questões humanitárias: www.sadl.uleth.ca/nz/cgi-bin/library

Treasures of Keyo University - um dos destaques é a reprodução da Bíblia de Gutenberg: www.humi.keio.ac.jp/treasures

Unesco Libraries Portal - informações sobre bibliotecas e projetos voltados para a preservação da memória: www.unesco.org/webworld/portal_bib

UOL Biblioteca - dicionários, guias de turismo e especiais noticiosos: www.uol.com.br/bibliot

UT Library Online - possui uma ampla coleção de mapas: www.lib.utexas.edu

Bibliotecas virtuais

Alexandria Virtual - acervo variado, de literatura a humor: www.alexandriavirtual.com.br

Bartleby.com - importantes textos, como os 70 volumes da "Harvard Classics" e a obra completa de Shakespeare: www.bartleby.com

Bibliomania - 2.000 textos clássicos e guias de estudo em inglês: www.bibliomania.com

Biblioteca dei Classici Italiani - literatura italiana, dos "duecento" aos "novecento": www.fausernet.novara.it/fauser/biblio

Biblioteca Electrónica Cristiana - teologia e humanidades vistas por religiosos: www.multimedios.org

Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro - especializada em literatura em língua portuguesa: www.bibvirt.futuro.usp.br

Biblioteca Virtual - Literatura - pretende reunir grandes obras literárias: www.biblio.com.br

Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes - cultura hispano-americana: www.cervantesvirtual.com

Biblioteca Virtual Universal - textos infanto-juvenis, literários e técnicos: www.biblioteca.org.ar

Contos Completos de Machado de Assis - mais de 200 contos de Machado de Assis: www.uol.com.br/machadodeassis

Cultvox - serviço que oferece alguns e-livros gratuitamente e vende outros: www.cultvox.com.br

Dearreader.com - clube virtual que envia por e-mail trechos de livros: www.dearreader.com

eBooksbrasil - livros eletrônicos gratuitos em diversos formatos: www.ebooksbrasil.com

iGLer - acesso rápido a duas centenas de obras literárias em português: www.ig.com.br/paginas/novoigler/download.html

International Children's Digital Library - pretende oferecer e-livros infantis em cem línguas: www.icdlbooks.org

IntraText - textos completos em diversas línguas, entre elas o latim: www.intratext.com

Jornal da Poesia - importante acervo de poesia em língua portuguesa, com textos de mais de 3.000 autores: www.secrel.com.br/jpoesia

Net eBook Library - biblioteca virtual com parte do acervo restrito a assinantes do site: netlibrary.net

Nuovo Rinascimento - especializado em documentos do Renascimento italiano: www.nuovorinascimento.org/n-rinasc/homepage.htm

Online Literature Library - pequena coleção para ler diretamente no navegador: www.literature.org

Progetto Manuzio - textos em italiano para download, incluindo óperas: www.liberliber.it/biblioteca

Project Gutenberg - mantido por voluntários, importante site com obras integrais disponíveis gratuitamente: www.gutenberg.net

Proyecto Biblioteca Digital Argentina - obras consideradas representativas da literatura argentina: www.biblioteca.clarin.com

Romanzieri.com - livros eletrônicos em italiano compatíveis com o programa Microsoft Reader: www.romanzieri.com

Sololiteratura.com - textos sobre autores hispano-americanos: www.sololiteratura.com

Textos de Literatura Galega Medieval - pequena seleção de poesias e histórias medievais: www.usc.es/~ilgas/escolma.html

The Literature Network - poemas, contos e romances de aproximadamente 90 autores: www.online-literature.com

The Online Books Page - afirma ter mais de 20 mil livros on-line: digital.library.upenn.edu/books

The Online Medieval and Classical Library - obras literárias clássicas e medievais: sunsite.berkeley.edu/OMACL

Usina de Letras - divulga a produção de escritores independentes: www.usinadeletras.com.br

Virtual Book Store - literatura do Brasil e estrangeira, biografias e resumos: www.vbookstore.com.br

Virtual Books Online - e-livros gratuitos em português, inglês, francês, espanhol, alemão e italiano: virtualbooks.terra.com.br

Científicos

Banco de Teses - resumos de teses e dissertações apresentadas no Brasil desde 1987: www.capes.gov.br

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações - textos integrais de parte das teses e dissertações apresentadas na USP: www.teses.usp.br

Biblioteca Virtual em Saúde - revistas científicas e dados de pesquisas sobre adolescência, ambiente e saúde : www.bireme.br

Digital Library of MIT Theses - algumas teses do Instituto de Tecnologia de Massachusetts; a mais antiga é de 1888: theses.mit.edu

Great Images in Nasa - imagens históricas da agência espacial americana: grin.hq.nasa.gov

ProQuest Digital Dissertations - sistema para pesquisar resumos de teses e de dissertações: wwwlib.umi.com/dissertations

Public Health Image Library - fotos, ilustrações e animações voltadas para o esclarecimento de questões de saúde pública: phil.cdc.gov

PubMed - referências a 14 milhões de artigos biomédicos: www.ncbi.nlm.nih.gov/entrez/query.fcgi

SciELO - biblioteca eletrônica com periódicos científicos brasileiros: www.scielo.br

ScienceDirect - mais de 1.800 revistas, de "ACC Current Journal Review" a "Zoological Journal": www.sciencedirect.com

Universia Brasil - busca teses nas universidades públicas paulistas e na PUC-PR: www.universiabrasil.net/busca_teses.jsp

Associações

American Library Association - sobre o sistema de bibliotecas dos EUA: www.ala.org

Associação Portuguesa de Bibliotecários, Arquivistas e Documentalistas - publicações indicadas e agenda de eventos da área: www.apbad.pt

Association des Bibliothécaires Français - dossiês sobre o sistema francês de bibliotecas e temas correlatos: www.abf.asso.fr

Conselho Federal de Biblioteconomia - atualidades e links de interesse da área: www.cfb.org.br



Conselho Regional de Biblioteconomia de São Paulo - legislação e eventos da biblioteconomia: www.crb8.org.br

Council on Library and Information Resources - organização que se preocupa com a preservação de informações: www.clir.org

European Bureau of Library, Information and Documentation Associations - entidade européia dedicada à promoção da ciência da informação: www.eblida.org

International Federation of Library Associations and Institutions - associação com membros em mais de 150 países: www.ifla.org

Sociedad Española de Documentación e Información Científica - oportunidades, como cursos virtuais: www.sedic.es

"Acervo deixa de ser indevassável"

O diretor-geral da biblioteca Mário de Andrade, José Castilho Marques Neto, 50, se diz apaixonado por livros de papel, mas não nega a importância da informática e da internet para as bibliotecas. "Com a pesquisa precisa e as obras digitalizadas, o acervo da biblioteca deixa de ser indevassável", diz.

Castilho indica cinco sites que considera fundamentais para a pesquisa e para a leitura em geral. "Escolhi sites que são referência na cidade de São Paulo, no Brasil e no mundo. Busquei também aqueles que possibilitam uma busca on-line, ao menos parcial, do catálogo." Abaixo, as dicas de Castilho.

Biblioteca do Congresso americano - considerada a maior e uma das melhores bibliotecas do mundo, é referência internacional, com conteúdos trabalhados e relacionados: www.loc.gov

Biblioteca Nacional (Brasil) - o site é referência para todas as bibliotecas do país, com farta documentação e imagens digitalizadas, além de informações e serviços: www.bn.br

Bibliotecas da cidade de São Paulo - a cidade tem a maior rede de bibliotecas públicas do país, e uma visita ao site é imprescindível para conhecer suas coleções e serviços, com destaque para as obras e imagens digitalizadas da Biblioteca Mário de Andrade: www4.prefeitura.sp.gov.br/biblioteca/PaginaInicial.asp

Bibliotecas virtuais do sistema MCT/CNPq/Ibict - grande referência na área de bibliotecas virtuais, é o site mais importante no Brasil de informação e comunicação sobre ciência e tecnologia: www.prossiga.br


Bibliotecas das universidades públicas paulistas - o consórcio Cruesp/Bibliotecas interliga Unesp, Unicamp e USP, e o internauta pode consultar as mais importantes bibliotecas universitárias do país, referências para diferentes campos da pesquisa: bibliotecas-cruesp.usp.br

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Obra completa de Machado de Assis em formato digital.

Obra completa de Machado de Assis é lançada em formato digital.

Em homenagem ao centenário da morte de Machado de Assis, o Ministério da
Educação lança a obra completa do autor em formato digital. São 246
arquivos, que incluem livros como Dom Casmurro, Memórias Póstumas de Brás
Cubas, Quincas Borba e Esaú e Jacó.

A versão digital das obras é resultado de uma parceria entre o Portal
Domínio Público, do MEC, e o Núcleo de Pesquisa e Informática, Literatura e
Lingüística (Nupill), da Universidade Federal de Santa Catarina.

Obra completa -
http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=11300&Itemid=1338&sistemas=1


Fonte:

http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=11298

DEMOCRACIA NA AMERICA LATINA 6000 TEXT0S

Estimado(a) colega,
Tenemos el agrado de informarle que la biblioteca virtual de Plataforma Democrática llegó a la cifra de 6.000 textos sobre temas relacionados con la democracia en América Latina. Todos los textos están disponibles para acceso gratuito en el siguiente vínculo: www.plataformademocratica.org/BuscaPublicacoes.aspx. Son textos producidos por Plataforma Democrática, sus instituciones asociadas y por diversos centros de investigaciones latinoamericanos.
Contamos con vuestro apoyo para expandir nuestra base de datos sobre centros de investigación (www.plataformademocratica.org/CentrosPesquisadores.aspx) y esperamos que la biblioteca le sea útil.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

ORGANIZAÇÕES E PESSOAS

• Análise do atual ambiente organizacional do prisma individual e organizacional

Alinhamento estratégico: pessoas e organizações
As atuais difíceis condições de vida levam o indivíduo a desenvolver estratégias especializadas de ação para conseguir uma posição no mercado. O acirramento da competição e a diminuição da oferta de vagas no mercado de tradicional caracterizam um ambiente social tenso e excludente. A incorporação de novas tecnologias aos processos produtivos e gerenciais demandam um novo profissional; a interpenetração maciça de valores culturais heterogêneos, interesses econômicos diversos e a disseminação conflituosa de padrões comportamentais globalizados de ensejam o advento de uma cultura gerencial multidisciplinar e contraditória, imprimindo nova dinâmica às relações sociais e engendrando uma cultura organizacional tensa e multiforme.
As profundas mudanças estruturais que se verificam em, praticamente, todos os setores do mercado revelam desníveis marcantes entre a oferta da força de trabalho e sua demanda tecnologizada. A incapacidade de o Estado responder com agilidade às pressões do mercado denota um imobilismo aparente; na prática, ocorrem intensos esforços organizacionais visando à minimização de tais defasagens. A estrutura de ensino tradicional é ineficaz e incapaz de produzir o saber e as habilidades exigidas pela nova economia com a mesma intensidade da demanda.
Alguns setores respondem mais agilmente, mas os resultados são tímidos. A virtualização da economia se consolida e a emergência de uma cibersociedade parece inexorável, embora em condições extremas de desigualdades em nível social.

O acesso democrático à informação é questão estratégica, quando considerada do ponto de vista da soberania nacional, e
esta se encontra sob pressões diversas decorrentes da interconetividade potencial que a nova ordem social internetizada estabelece. Essa condição pode gerar desdobramentos imprevisíveis, fato que requer monitoramento constante do desenrolar dos fatos, objetivando criar e manter condições efetivas de competitividade.

A sociedade brasileira é contraditória e desigual e, no que refere-se à inclusão digital, a situação é grave. O país precisa, para se tornar competitivo nesta nova economia, minimizar ao máximo os assombrosos níveis de exclusão digital que o caracteriza. Uma conseqüência marcante desse processo é a concorrência entre grupos econômicos, em nível global, e a procura por cérebros capazes de elaborarem e implementarem projetos que alterem qualitativamente o status quo. Essa competição recrudesce e estimula novas e sucessivas corridas aos mercados tradicional e virtual. Por isso a qualificação técnica, o conhecimento do mercado competitivo e a qualificação gerencial são estruturas decisivas para os sucessos organizacional e pessoal. Isto significa que a competição pelo sucesso se sofisticará crescentemente e variáveis vinculados ao relacionamento humano e conhecimento técnico tendem a se tornar hegemônicas na nova economia.

Vivemos a era do capital intelectual, da economia do conhecimento, das universidades corporativas e da hipercompetição entre organizações de todos os tipos. No entanto, o bem mais demandado é a pessoa bem preparada, dotada de habilidades cujas ações sejam capazes de produzir impactos setoriais, através da aplicação de suas idéias e de ações empreendedoras. Essa nova etapa do capitalismo demanda o concurso de especialistas multidisciplinares, capazes de
produzirem estratégias e agirem de forma integradora. Estes novos líderes serão agentes de integração sócio-organizacional e estarão, inexoravelmente, a serviço da sincretização cultural em nível organizacional.
Deverão estabelecer novos padrões de consumo e de comportamento, que se reproduzirão via massificação, primando, pela originalidade; ainda que tenham alcance setorial, ou, mesmo,
local . A realidade sócio-cultural se manifesta de forma muito complexa. Entretanto, pode ser, metodologicamente, apreendida por, pelo menos, três diferentes prismas:
a) pela lógica analítica que viabiliza a capacidade de o fenômeno de a globalização capitalista encampar todos os aspectos da vida;
b) pela lógica dos que percebem a capacidade de reação
e negação à força da globalização e seu impacto sobre as microrrelações sociais, reforçando a ação das culturas locais;
c) finalmente, um terceiro foco que procura entender as interconexões culturais que se estabelecem a partir da interpenetração cultural quer de origem exógena, ou de força motriz endógena e que resultam na consolidação de novas formas de interação e situações sociais transitórias, relações sociais efêmeras, circunstanciais, cujas conseqüências sociais e políticas, no longo prazo, ainda são imprevisíveis.
Essa realidade configura um cenário que permite a elaboração de um planejamento baseado em tendências, ou possibilidades reais. O que enseja a possibilidade de se monitorar a realidade, acompanhando o desdobramento dos fatos em relação aos objetivos almejados. Para tanto, é necessária a devida competência técnica, o domínio da tecnologia necessária e o envolvimento político e organizacional adequados.

Enfim, é possível analisar a realidade social sobre vários
ângulos. Todavia parece ser consenso que:

1) A forma de produção do saber e de sua aplicação no mercado de trabalho exige um novo modelo, cuja aplicação gere menos defasagens entre a teoria e a prática;
2) As relações entre as organizações que produzem o saber e as que o aplicam para a transformação industrial mudarão radicalmente;
3) A tendência predominante é não haver mais essa
dicotomia entre saber teórico e o conhecimento aplicado.

A aproximação entre quem produz e quem usa o saber
é cada vez maior. As empresas se aliam às universidades, via centros de pesquisa e projetos especiais. As universidades exportam seu knowhow para a empresas produzirem seu próprio saber. As universidades vão ao mercado, por meio de fundações e centros
de pesquisa, captando recursos capitalisticamente. A concorrência para vender o saber é comercial e seu mercado é multimilionário.

Nesse novo ambiente competitivo, as formas de ensino tradicionais, que preconizam a formação de um profissional desvinculado da realidade, preocupado apenas com a produção do saber, e a reflexão crítica descomprometida da aplicação prática, parecem seriamente atingidas pela falta de recursos e, mesmo, de interesse político para a manutenção dessa estrutura formal de ensino.
Em contrapartida, surgem - no mercado – profissionais formados por instituições privadas, cujos serviços estão mais focados no treinamento, na preparação técnica e psicológica para a competição no seletivo mercado de trabalho atual. Assim, as corporações buscam, para ocuparem seus cargos de gerentes, profissionais, geralmente jovens, bem preparados tecnicamente e poliglotas, que dominem a linguagem informacional, e terem visão mercadológica da realidade. Precisam produzir lucros e serem capazes de trabalhar sob extrema pressão para produzirem resultados concretos. Esse é o ambiente de trabalho atual, em todos os níveis.
Mesmo nas áreas consideradas mais leves, como a do lazer e do entretenimento, o perfil empreendedor prevalece, pois a dinâmica do mercado é intensa e a concorrência é global em praticamente todos os setores da economia. A incorporação de técnicas de marketing às ações individuais para a promoção pessoal tornou-se uma grande vantagem competitiva em um ambiente que prima pela anonimalização e pela conseqüente luta por um bom posicionamento no mercado.

O Marketing Pessoal está se tornando um complemento para
a formação profissional e o desenvolvimento pessoal, mais em nível autodidático, embora muitas Instituições de ensino profissionalizante já adotem essa disciplina e muitos autores publiquem livros sobre os diversos aspectos do tema. É possível que em poucos anos essa disciplina, que é uma especialização do Marketing aplicado à área de RH, seja incorporada aos programas de formação de pessoas dos cursos de Administração, de Psicologia, de Comunicação, de Ciências Políticas e outros, em nível de graduação. Marketing significa mercadejar, fazer o mercado, estimular relações de troca, de consumo. O marketing pessoal expressa a necessidade de promover a pessoa no ambiente de negócios, no mercado.
O mercado deve ser visto como uma categoria social mais abrangente e exprime a realização da vida, desde a concepção até a despedida. Todos os aspectos da vida, inclusive da morte, são ritualizados pelas diversas sociedades humanas, constituindo negócios e ambientes próprios para a concretização desses rituais que se manifestam carregados de sentimentos variados, configurando o chamado mercado do marketing pessoal. A motivação pessoal, pelo sucesso, é inerente à vida humana. O ser humano desenvolveu todas as capacidades possíveis para atender suas necessidades e realizar seus sonhos.
A essência do capitalismo se expressa pelo acesso ao consumo
e pela exclusão ao mesmo, e esse sistema agora se vê diante de um dilema estrutural: como manter a exclusão ao consumo se a concorrência entre os grandes oligopólios se intensifica? São características da competição atual, poderosas estratégias de sedução, visando ocupação de espaço na mente do consumidor e a busca intensa por novos prospects –cliente potencial-, ambos são fundamentais para a sobrevivência e preservação das empresas. A possibilidade de personalização do atendimento (customização), os novos mercados e negócios nos setores da logística, do varejo, do e-business, e-comerce, elearning, “e-tudo”, viabilizam, em tese, o consumo total, mas exigem a democrática distribuição de renda para financiar o consumo em todos os níveis sociais e dinamizar a economia global e micro setorialmente. Esse é o cerne do dilema do capitalismo do prisma da conquista de consumidores: criar mercados e incluir consumidores. Como fazer para isso se tornar realidade?
O presente mercado potencial de seis e meio bilhões de consumidores é um desafio moderno que os Oligopólios terão que vencer. Esse dilema é antigo, mas com o aparecimento da Tecnologia de Informação e comunicação como nova variável - ator decisivo nesse jogo, ele muda de configuração. A Tecnologia de Informação viabilizou a Internet e seu impacto se estende por todos os setores da vida, e essa grande transformação está apenas no começo. São imprevisíveis as conseqüências geradas pelas infinitas possibilidades de aplicação do saber e da tecnologia ao mercado de consumo. A diversidade social, a fragmentação de mercados em contraposição à massificação anonimalizante da globalização, e a crescente força de mercado do indivíduo consumidor, como estrutura social dotada do poder de escolha gerada pelo excesso de oferta entre os competidores, pode configurar um cenário de negócios complexo e multivariado, com um dinamismo e fugacidade sem precedentes históricos. Caminhamos para uma economia aprofundada exponencialmente do prisma da
competição e cheia de possibilidades de crescimento para as empresas, desde que se dotem de saberes técnicos e competências gerenciais capazes de captar tendências de consumo, elaborem e programem as estratégias adequadas à sua sobrevivência. O que se prevê é o crescimento exponencial da competição e seu impacto contundente sobre todos os setores da sociedade.

A Cibersociedade demanda um novo ser social. A educação virtualizada e as técnicas de mercado aplicadas ao produto humano tendem a fortalecer a dinâmica dessa sociedade ciberespetacular, embora ainda existam grandes abismos sociais entre as economias e as culturas nacionais. Surgirão novos serviços, novas aplicações a velhos saberes, como, por exemplo, a psicanálise aplicada às neuroses cibernetizadas e a nutrição aplicada aos alimentos transgênicos.
Politicamente, a bioética se estrutura para avaliar o fenômeno da clonagem e seu impacto social. Essas mudanças configuram um novo e fascinante tempo, no qual a realidade social se enriquece fenomenologicamente e o homem se torna cada vez mais um ser perplexo ante a sua capacidade de gerar novas aplicações para o saber humano e sua incapacidade para resolver problemas sociais seculares.

O Marketing Pessoal é vital para o sucesso e a felicidade
de quem o usa bem e corretamente, pois permite a instrumentalização de poderosas redes de relacionamento e conexão, bem como o estabelecimento de estratégias de vida que levam à felicidade e ao sucesso pessoal. O sucesso não se caracteriza apenas pelo fato de ganhar dinheiro, mas sim pela capacidade de realizar projetos pessoais relevantes. Ser bem sucedido é ser capaz de transformar um sonho relevante em realidade. A intensidade da relevância depende de cada ponto de vista, cada pessoa tem o seu grau de relevância, que se expressa diferentemente em cada momento da vida, por isso o sucesso é relativo. O que é estrutural é o fato de que todos podem, durante sua vida, realizar seus projetos pessoais. Esse é o encanto do marketing pessoal.
Segundo Kazuo Inamori a fórmula do sucesso é entusiasmo versus maneira de ver. Daí, o fato de cada pessoa poder resolver seus problemas pessoais.

LIDERANÇA BASEADA EM RESULTADOS

A liderança, como fenômeno social, tem sido objeto de estudo sob diversos enfoques acadêmicos. Destacam-se estudos realizados por cientistas sociais abordando a liderança num sentido macro, o da ação de grandes líderes políticos e outros desenvolvidos por analistas de negócios, que se concentram na trajetória de sucesso de líderes empresariais. Todos esses estudos são relevantes, porque revelam histórias de pessoas que se tornaram referência pública e são exemplos de vida.
Recentemente, no âmbito das organizações, a questão da liderança assumiu outra conotação, tornando-se mais abrangente e perpassando diversos níveis organizacionais. Essa situação decorre, seguramente, das mudanças impostas pelo ambiente competitivo externo e que incide fortemente sobre as relações intraorganizacionais. As relações entre pessoas, equipes e instituições tornaram-se mais dinâmicas e complexas, refletindo aspectos inéditos de uma cultura organizacional que se constrói sob a égide da competição externa e interna, mas baseada, paradoxalmente, na cooperação inter e intra-equipes e até interinstituições.
Atualmente, a realidade organizacional torna-se um mosaico multidimensional e de difícil percepção. Seu entendimento demanda acurado senso analítico com foco tanto no ambiente interno quanto externo. A muldiversidade decorrente da competição organizacional para a conquista de mercados e a fidelização de clientes, visando preservar as organizações, caracteriza uma etapa do capitalismo sem precedentes históricos. A convergência de saberes multidisciplinares aplicados às organizações demonstram o potencial de negócios que incide sobre as mesmas, na forma de consultoria e variadas formas de negócios. Todas têm o objetivo de alavancar negócios, otimizar o desempenho organizacional e viabilizar a necessária agilidade para produzir os resultados esperados pelos estrategistas organizacionais.
Esta realidade expressa a demanda por um perfil profissional capaz de promover relações humanas no ambiente interno focadas na missão da organização. Assim se concretiza a política organizacional, que se define pela disputa entre grupos internos às organizações para a realização da missão e construção da visão de futuro organizacional. Essa se expressa de forma antagônica à política convencional, que se caracteriza pela disputa entre grupos privados pelo controle do patrimônio público. A dinâmica política interna às organizações se contrapõe às ações da política não organizacional, cujo objetivo é a captura das organizações – sobretudo as públicas, para a consecução de objetivos que, normalmente, não são convergentes com as expectativas intraorganizacionais.
A carência por um padrão comportamental humano baseado numa perspectiva competitiva e cooperativa remete a uma nova lógica de funcionamento das organizações - que se pretendem competitivas, aquela cujo foco principal é a visão organizacional convergente. A construção dessa visão organizacional é um desafio gerencial estratégico, pois requer que a cúpula organizacional privilegie o público interno com a mesma intensidade que se foca no ambiente externo, quando se quer conquistar e manter mercados.

o
As descobertas da escola de relações humanas derivadas da busca da produtividade organizacional em condições ambientais supostamente mais favoráveis (experiências de Hawthorne) se exponenciaram com a competição gerada pela globalização. A identificação de grupos informais nas organizações e a conseqüente hierarquia informal de decisões revelaram um conflito estrutural e intrínseco à dinâmica organizacional. O embate entre autoridade formal e a liderança informal. Esse conflito denota também aspectos difíceis de serem percebidos ao olhar comum da cultura organizacional.

Durante todo o período industrial, no qual a força de trabalho humano era baseada no esforço físico aliado a processos produtivos padronizados, engendrou-se um sistema produtivo com uma lógica própria, alimentada pela conjugação entre trabalho braçal repetitivo, linhas de produção padronizadas e processos organizacionais baseados em tarefas. Configurou-se um sistema micro segmentado e estruturalmente formatado conforme o ideal tayloriano, que privilegiava esse tipo de organização produtiva e adotava um sistema que recompensava o trabalho monetariamente, a filosofia do homo ecconomicus .
Esse período influenciou profundamente a sociedade industrial estimulando a reprodução de sua cultura, de forma diferenciada , em diversos níveis sociais, mas mantendo sua lógica e visão de mundo. O mundo industrializado ensejou a visão unidimensional da realidade e formatou imensos mercados de consumidores de produtos padronizados, massificando comportamentos,expectativas de satisfação de desejos e até de projetos de vida, que em síntese, reproduziam a lógica do consumismo material com acesso diferenciado, baseado num sistema de classes sociais.
Esse período sofreu grandes transformações ao longo do século XX, mas a partir da década de 1970 essas mudanças se intensificaram. Alvin Tofler registrou essa mudança de forma magistral na sua obra O Choque do Futuro.
Pode-se considerar que a era da descartabilidade iniciou na década de trinta do século XX, quando os estrategistas de negócios e marketing começaram a influenciar o pensamento econômico alterando a lógica da teoria econômica clássica (Gracioso), que privilegiava as categorias produção e distribuição (aqui vista como estoque e toda a lógica de funcionamento de uma estrutura produtiva baseada em paradigmas tais que tornavam hegemônico o comportamento do consumidor que buscava, se movimentava – em busca de mercadorias para consumir). A teoria econômica desconsiderava a importância da categoria consumo. Na prática isso resultava na precariedade no acesso ao consumo, não havia crédito, nem mecanismos comerciais e financeiros que favorecessem ao consumo. Esta condição fazia com que o a economia se estagnasse. Do prisma do marketing, a produção de mercadorias que durassem décadas e que fossem colocadas à disposição dos mesmos segmentos de mercado (ao invés de se criar novos mercados, engendrando novas oportunidades de negócios, aumentando a segmentação em todos os sentidos), resultou na saturação desses ambientes de negócios. O resultado foi uma crise sem precedentes.
A percepção de que era necessário estimular o consumo, diminuir o ciclo de vida dos produtos e concentrar aspectos de qualidade dos mesmos a valores vinculados a estilos de consumo, a apelos emocionais, configurando novos perfis de consumo foi decisiva para mudar a dinâmica do sistema econômico sob o prisma do consumo, do acesso a bens e mercadorias. Evidentemente que o resultado desta mudança beneficiou todas as estruturas produtivas, distributivas e consumistas. A sociedade de consumo mudou sua cultura, adaptou seu comportamento a novas demandas derivadas principalmente da mudança estrutural na percepção da categoria tempo. A vida tornou-se mais rápida em seus processos sociais e relacionais. O ritmo da sociedade de consumo aumentou significativamente. O excesso de produção em todos os setores econômicos, com ênfase nos mercados culturais, onde a informação e a sazonalidade eram estruturas poderosas para influir no comportamento do consumidor, alterou o ritmo de funcionamento da sociedade e engendrou nos aspectos culturais. Surge a descartabilidade como estratégia de mercado. Essa estratégia sofreu muitas modificações ao longo dos últimos cinqüenta anos e, na virada do milênio, tornou-se obsolescência programada, estratégia de negócios que se hegemoniza na presente década, atingindo setores da alta tecnologia até o varejo. Mas é sobretudo na moda e na TI onde se verifica sua forma modeladora de negócios e comportamentos de consumo.
O uso de toda as ferramentas de comunicação, principalmente da publicidade e do merchandising juntamente com o conhecimento do comportamento do consumidor a partir da psicologia e do marketing, tornou a sociedade hipermoderna, conforme definiu Lipovetsky, efêmera na relação com valores, pautas de comportamento e consumo. Esse pensador defende o argumento de que a felicidade não tem nada a ver com a posse de bens materiais. Fato que parece contraditório, uma vez que sua tese estabelece uma relação entre aquisição de luxo e ilusão de compra de pequenas fatias de felicidade. Para Lipovestky tanto uma coisa como outra são verdadeiras. As pessoas se sentem melhor possuindo um objeto que consideram “um luxo” e se julgam felizes por isso. Não há por que condenar esse prazer. Luxo não traz felicidade, mas indica caminhos para se chegar mais perto dela. E isso independe da genuinidade dos produtos consumidos. Afirma que a vida material por si só não é capaz de trazer a felicidade às pessoas, mas também quando era proibido sentir prazer com bens terrenos as pessoas não eram – igualmente, felizes, tampouco quando se vivia o ascetismo voltado para o paraíso eterno e se doava bens à igreja para garantir a felicidade depois da morte.
Vivemos numa sociedade hipermoderna, onde tudo é descartável, mas que traz conforto e permite a um operário sonhar com uma viagem de férias, um carro, uma televisão. Aos que argumentam que as sociedades atuais são mais superficiais contrapõe argumentando que a nobreza do antigo regime também era superficial e que luxo reduziu o fanatismo e que bens de consumo mais acessíveis alargaram as classes médias da Europa, América e Japão. Uma viagem, o conforto de uma casa elegante, a marca de consumo, mesmo falsificada, mas que iguala as classes, sob alguns aspectos, democratiza a sociedade. O acesso ao supérfluo deve ser um direito assegurado à sociedade para atender ao enorme jogo de aspirações, ainda que os produtos não sejam de primeira classe. Lipovestky coloca que a dependência ao consumo é ruim, quando o consumidor se torna escravo do consumismo e não se sente feliz com que o acessa. Certamente o luxo não traz a felicidade e o anseio por ele pode gerar angústia e sofrimento, mas a democratização dos bens de consumo elevou a qualidade de vida e o gosto estético, melhorou o nível de relação das pessoas com as instituições culturais. Para ele o luxo pode trazer frustração pelo não acesso, mas pode promover a melhoria da vida das pessoas.



A economia se estrutura para dar vazão às demandas de consumo próprias desse tempo. A estrutura sofisticada e complexa da economia de serviços com toda sua cadeia de agregação de valor é a própria cristalização dessa era que tende a valorizar crescentemente o conhecimento, o bem estar, o entretenimento e a indústria cultural com todas suas multidimensões. O estilo de vida individual manifesto em sociedade emerge como valor de mercado, induzindo setores da economia a se especializarem no atendimento de demandas pontuais de consumo. Tudo voltado para a construção da identidade individual e a satisfação de projetos existenciais individuais.
O advento de uma era de serviços revela o aprofundamento da competência dos setores fornecedores de satisfação de necessidades de consumo e viabilizar um mundo no qual as pessoas podem ser mais felizes, principalmente no que se refere a condições materiais e institucionais. Isto significa que mesmo no que se refere ao desenvolvimento espiritual, surge uma gama muito diversificada de instituições especializadas com serviços e produtos diferenciados, para servirem a clientes com interesses diversificados.

O grande desafio da contemporaneidade é político. De distribuição justa. De criação de novos mercados e incorporar novos consumidores e fornecedores e estabelecer a conexão entre sistemas sociais especializados em satisfação de necessidades humanas não massificadas, heterogêneas. O século XXI será o século da logística. A capacidade de viabilizar o atendimento de necessidades de consumo é um desafio gerencial estratégico e se refere a ação dos Estados, que deverão criar condições para a sejam implantadas regras de funcionamento eqüitativas, políticas de eqüidade, que viabilizam a distribuição justa de bens e serviços, sem nivelar o acesso por baixo, mas focando em estilos e premissas existenciais diferenciadas.
A sociedade hipermoderna será multidiversificada, cuja identidade será camaleônica (camaguru) e a satisfação das pessoas tende a se dar principalmente pelo acesso a bens e serviços instantâneos. O mundo da efemeridade tende a se tornar hegemônico e, por mais paradoxal que pareça, reforçará a identidade individual.


A análise de Jeremy Rikfin em A era do acesso coloca as premissas desse novo paradigma.
A relação entre a estrutura produtiva (fornecedores) e a consumidora (clientes) tornou-se uma relação com forte componente político, uma vez que a segmentação multidiversificada dos mercados de consumo empresta mais poder, no processo de decisão de consumo, aos consumidores – como estrutura social -. A realidade atual é bem diferente daquela que se estruturou durante o início do século XX, quando a estrutura produtiva estava no comando. Naquele período, o consumidor se obrigava a consumir o que era produzido. Mesmo se quisesse


Na prática os gerentes, os líderes organizacionais e até o cidadão comum sofrem o impacto da necessidade de liderar processos, decidir e imprimir novo ritmo ao seu ambiente de trabalho e à própria vida. A realidade atual expressa uma complexidade sem precedentes históricos e resulta da interpenetração de culturas e de mercados. Os ambientes de trabalho sofrem modificações profundas, atingindo sobretudo os estilos de vida e de produção. Ocorre uma transição estrutural nas diversas culturas organizacionais e, conseqüentemente, na forma como as pessoas se organizam para produzir. Um reordenamento qualititativo na forma de organizar e produzir configura um novo ambiente de trabalho em, praticamente, todos os níveis organizacionais.
Durante boa parte do século XX, as organizações públicas e até algumas privadas, privilegiaram um perfil profissional submetido à lógica burocrática, reativa e desconectada das demandas do ambiente externo. Isso significou, antes de tudo, que as organizações não estavam focadas nos seus diversos públicos. A competição entre as organizações ainda não acontecia num ritmo acelerado, a ponto de interferir na cultura organizacional. Esta se mantinha reativa e se expressava através de mecanismos relacionais que desprivilegiavam o cliente, o usuário, o consumidor.
A partir de meados da década de oitenta do século passado, mudanças estruturais começaram a acontecer, impactando as organizações profundamente. O processo de redemocratização em nível internacional. O rompimento de fronteiras políticas, econômicas e a abertura de novos mercados, pressionados pela força dos interesses multinacionais, à época, aliados à expansão da telemática, imprimiu novo ritmo às organizações.
O impacto da tecnologia de informação sobre o funcionamento organizacional levou a um reordenamento na estrutura produtiva de todos os mercados. O acirramento da competição entre as organizações causou mudanças profundas no nível psicossocial nas organizações. Estas começaram a ter que prospectar seus clientes de forma proativa. Houve ruptura de paradigmas históricos, ou seja, muitos modelos de produção entraram em crise.

O atual ritmo competitivo é intenso e os sistemas referenciais, tanto no que se refere a saberes e habilidades, como no que diz respeito à própria percepção da realidade, estão sendo questionados o tempo todo. A eficácia dos sistemas gerenciais tornou-se um imperativo para o sucesso organizacional. Isso significa que a estrutura de comando nas organizações precisam ter capacidade de análise estratégica e conhecer profundamente a realidade de sua organização. Os fluxos de informação nos sistemas hierquizados revelam um ritmo que expressa, acima de tudo, lentidão e desconexão com o ambiente externo que é, por natureza, complexo e irregular. Exigir que a organização se mantenha num ritmo diferente do esperado é, no mínimo, uma perigosa miopia gerencial. Essa falha tem eliminado várias organizações do mercado competitivo. E, por conseqüência, gerado milhões de desempregados.

O questionamento entre eficácia do perfil gerencial tradicional e do líder organizacional está na ordem do dia dos pensadores sobre gestão. O gerente é necessário até um limite, pois sua capacidade de análise e comando não pode mais se restringir ao operacional. Cabe a eles, como líderes de equipe, ampliar o raio de ação de seu micronegócio organizacional. Na prática, um novo agente organizacional tornou-se vital para o sucesso gerencial : o cliente interno e seu atendimento. Somente a percepção e o entendimento pleno do funcionamento da estrutura produtiva na qual as equipes estão inseridas é que permitirão ao gerente ascender a líder organizacional, uma função estratégica. A ampliação do raio de percepção e entendimento demanda exponenciação no relacionamento interno e conhecimento do negócio final da organização. Essa lógica sempre esteve presente nas organizações, mas estruturada fragmentadamente e administrada por partes. Pertence a um modelo de gestão que se revelou incapaz de acompanhar as mudanças estruturais que ainda acontecem nas organizações numa velocidade cada vez maior.

Somente profissionais capacitados a entender a dinâmica interna de suas organizações e capazes de estabelecer elos com o ambiente externo em várias dimensões é que poderão realizar o alinhamento estratégico entre sua organização e seus mercados e públicos alvos.
O alinhamento estratégico é um imperativo da atualidade e visa, antes de tudo, evitar defasagens entre a ação organizacional e as expectativas do mercado. É vital para a sobrevivência em ambiente competitivo. Mas só pode ser implementado se houver uma mudança estrutural na cultura organizacional. Durante quase todo o século passado a visão que os gerentes e administradores tinham de sua organização estava concentrada na lógica produtiva, sem atentar para a estrutura do consumo. Tampouco avaliaram corretamente o impacto da TI nos processos produtivos e, principalmente, no comportamento do consumidor. Uma gama variável de fatores gerou muitos desalinhamentos, tirando competitividade organizacional e gerando imensos prejuízos para os negócios.

Todas as dificuldades que as organizações enfrentaram não se comparam ao desafio atual: construir uma cultura organizacional competitiva e capaz de viabilizar a convergência de expectativas de sucesso profissional com a missão da organização. A expectativa é por líderes organizacionais. Mas, como funcionarão esses líderes? É preciso modificar estruturas organizacionais, regras de funcionamento e todos os sistemas gerenciais que resultam numa cultura organizacional. A tendência mais visível no ambiente competitivo atual é que a construção de uma cultura competitiva se torne mais que um desafio gerencial é um imperativo para a sobrevivência. Mas terá que ser basear numa nova estrutura organizacional que estimule a competição cooperativamente. Esse é o desafio! Daí, o estudo da liderança baseada em resultados se tornar tão relevante.

A liderança baseada em resultados requer postura e visão de futuro diferentes. É vital o planejamento de ações, definição de metas e controles objetivos, além da avaliação sistemática do desempenho individual e de equipes.

A construção de um estilo de vida e de gestão baseados em princípios e focados nos resultados previstos é uma demanda estratégica da atualidade. Para tanto, é necessário avaliar:

O perfil pessoal
O ambiente organizacional (a estrutura de poder)
O ambiente externo (as regras e o funcionamento dos mercados)

Em seguida, é preciso treinar até a exaustão, para conseguir mudar o comportamento individual e organizacional. Isso é muito difícil. Mas, necessário.