segunda-feira, 10 de novembro de 2008

ORGANIZAÇÕES E PESSOAS

• Análise do atual ambiente organizacional do prisma individual e organizacional

Alinhamento estratégico: pessoas e organizações
As atuais difíceis condições de vida levam o indivíduo a desenvolver estratégias especializadas de ação para conseguir uma posição no mercado. O acirramento da competição e a diminuição da oferta de vagas no mercado de tradicional caracterizam um ambiente social tenso e excludente. A incorporação de novas tecnologias aos processos produtivos e gerenciais demandam um novo profissional; a interpenetração maciça de valores culturais heterogêneos, interesses econômicos diversos e a disseminação conflituosa de padrões comportamentais globalizados de ensejam o advento de uma cultura gerencial multidisciplinar e contraditória, imprimindo nova dinâmica às relações sociais e engendrando uma cultura organizacional tensa e multiforme.
As profundas mudanças estruturais que se verificam em, praticamente, todos os setores do mercado revelam desníveis marcantes entre a oferta da força de trabalho e sua demanda tecnologizada. A incapacidade de o Estado responder com agilidade às pressões do mercado denota um imobilismo aparente; na prática, ocorrem intensos esforços organizacionais visando à minimização de tais defasagens. A estrutura de ensino tradicional é ineficaz e incapaz de produzir o saber e as habilidades exigidas pela nova economia com a mesma intensidade da demanda.
Alguns setores respondem mais agilmente, mas os resultados são tímidos. A virtualização da economia se consolida e a emergência de uma cibersociedade parece inexorável, embora em condições extremas de desigualdades em nível social.

O acesso democrático à informação é questão estratégica, quando considerada do ponto de vista da soberania nacional, e
esta se encontra sob pressões diversas decorrentes da interconetividade potencial que a nova ordem social internetizada estabelece. Essa condição pode gerar desdobramentos imprevisíveis, fato que requer monitoramento constante do desenrolar dos fatos, objetivando criar e manter condições efetivas de competitividade.

A sociedade brasileira é contraditória e desigual e, no que refere-se à inclusão digital, a situação é grave. O país precisa, para se tornar competitivo nesta nova economia, minimizar ao máximo os assombrosos níveis de exclusão digital que o caracteriza. Uma conseqüência marcante desse processo é a concorrência entre grupos econômicos, em nível global, e a procura por cérebros capazes de elaborarem e implementarem projetos que alterem qualitativamente o status quo. Essa competição recrudesce e estimula novas e sucessivas corridas aos mercados tradicional e virtual. Por isso a qualificação técnica, o conhecimento do mercado competitivo e a qualificação gerencial são estruturas decisivas para os sucessos organizacional e pessoal. Isto significa que a competição pelo sucesso se sofisticará crescentemente e variáveis vinculados ao relacionamento humano e conhecimento técnico tendem a se tornar hegemônicas na nova economia.

Vivemos a era do capital intelectual, da economia do conhecimento, das universidades corporativas e da hipercompetição entre organizações de todos os tipos. No entanto, o bem mais demandado é a pessoa bem preparada, dotada de habilidades cujas ações sejam capazes de produzir impactos setoriais, através da aplicação de suas idéias e de ações empreendedoras. Essa nova etapa do capitalismo demanda o concurso de especialistas multidisciplinares, capazes de
produzirem estratégias e agirem de forma integradora. Estes novos líderes serão agentes de integração sócio-organizacional e estarão, inexoravelmente, a serviço da sincretização cultural em nível organizacional.
Deverão estabelecer novos padrões de consumo e de comportamento, que se reproduzirão via massificação, primando, pela originalidade; ainda que tenham alcance setorial, ou, mesmo,
local . A realidade sócio-cultural se manifesta de forma muito complexa. Entretanto, pode ser, metodologicamente, apreendida por, pelo menos, três diferentes prismas:
a) pela lógica analítica que viabiliza a capacidade de o fenômeno de a globalização capitalista encampar todos os aspectos da vida;
b) pela lógica dos que percebem a capacidade de reação
e negação à força da globalização e seu impacto sobre as microrrelações sociais, reforçando a ação das culturas locais;
c) finalmente, um terceiro foco que procura entender as interconexões culturais que se estabelecem a partir da interpenetração cultural quer de origem exógena, ou de força motriz endógena e que resultam na consolidação de novas formas de interação e situações sociais transitórias, relações sociais efêmeras, circunstanciais, cujas conseqüências sociais e políticas, no longo prazo, ainda são imprevisíveis.
Essa realidade configura um cenário que permite a elaboração de um planejamento baseado em tendências, ou possibilidades reais. O que enseja a possibilidade de se monitorar a realidade, acompanhando o desdobramento dos fatos em relação aos objetivos almejados. Para tanto, é necessária a devida competência técnica, o domínio da tecnologia necessária e o envolvimento político e organizacional adequados.

Enfim, é possível analisar a realidade social sobre vários
ângulos. Todavia parece ser consenso que:

1) A forma de produção do saber e de sua aplicação no mercado de trabalho exige um novo modelo, cuja aplicação gere menos defasagens entre a teoria e a prática;
2) As relações entre as organizações que produzem o saber e as que o aplicam para a transformação industrial mudarão radicalmente;
3) A tendência predominante é não haver mais essa
dicotomia entre saber teórico e o conhecimento aplicado.

A aproximação entre quem produz e quem usa o saber
é cada vez maior. As empresas se aliam às universidades, via centros de pesquisa e projetos especiais. As universidades exportam seu knowhow para a empresas produzirem seu próprio saber. As universidades vão ao mercado, por meio de fundações e centros
de pesquisa, captando recursos capitalisticamente. A concorrência para vender o saber é comercial e seu mercado é multimilionário.

Nesse novo ambiente competitivo, as formas de ensino tradicionais, que preconizam a formação de um profissional desvinculado da realidade, preocupado apenas com a produção do saber, e a reflexão crítica descomprometida da aplicação prática, parecem seriamente atingidas pela falta de recursos e, mesmo, de interesse político para a manutenção dessa estrutura formal de ensino.
Em contrapartida, surgem - no mercado – profissionais formados por instituições privadas, cujos serviços estão mais focados no treinamento, na preparação técnica e psicológica para a competição no seletivo mercado de trabalho atual. Assim, as corporações buscam, para ocuparem seus cargos de gerentes, profissionais, geralmente jovens, bem preparados tecnicamente e poliglotas, que dominem a linguagem informacional, e terem visão mercadológica da realidade. Precisam produzir lucros e serem capazes de trabalhar sob extrema pressão para produzirem resultados concretos. Esse é o ambiente de trabalho atual, em todos os níveis.
Mesmo nas áreas consideradas mais leves, como a do lazer e do entretenimento, o perfil empreendedor prevalece, pois a dinâmica do mercado é intensa e a concorrência é global em praticamente todos os setores da economia. A incorporação de técnicas de marketing às ações individuais para a promoção pessoal tornou-se uma grande vantagem competitiva em um ambiente que prima pela anonimalização e pela conseqüente luta por um bom posicionamento no mercado.

O Marketing Pessoal está se tornando um complemento para
a formação profissional e o desenvolvimento pessoal, mais em nível autodidático, embora muitas Instituições de ensino profissionalizante já adotem essa disciplina e muitos autores publiquem livros sobre os diversos aspectos do tema. É possível que em poucos anos essa disciplina, que é uma especialização do Marketing aplicado à área de RH, seja incorporada aos programas de formação de pessoas dos cursos de Administração, de Psicologia, de Comunicação, de Ciências Políticas e outros, em nível de graduação. Marketing significa mercadejar, fazer o mercado, estimular relações de troca, de consumo. O marketing pessoal expressa a necessidade de promover a pessoa no ambiente de negócios, no mercado.
O mercado deve ser visto como uma categoria social mais abrangente e exprime a realização da vida, desde a concepção até a despedida. Todos os aspectos da vida, inclusive da morte, são ritualizados pelas diversas sociedades humanas, constituindo negócios e ambientes próprios para a concretização desses rituais que se manifestam carregados de sentimentos variados, configurando o chamado mercado do marketing pessoal. A motivação pessoal, pelo sucesso, é inerente à vida humana. O ser humano desenvolveu todas as capacidades possíveis para atender suas necessidades e realizar seus sonhos.
A essência do capitalismo se expressa pelo acesso ao consumo
e pela exclusão ao mesmo, e esse sistema agora se vê diante de um dilema estrutural: como manter a exclusão ao consumo se a concorrência entre os grandes oligopólios se intensifica? São características da competição atual, poderosas estratégias de sedução, visando ocupação de espaço na mente do consumidor e a busca intensa por novos prospects –cliente potencial-, ambos são fundamentais para a sobrevivência e preservação das empresas. A possibilidade de personalização do atendimento (customização), os novos mercados e negócios nos setores da logística, do varejo, do e-business, e-comerce, elearning, “e-tudo”, viabilizam, em tese, o consumo total, mas exigem a democrática distribuição de renda para financiar o consumo em todos os níveis sociais e dinamizar a economia global e micro setorialmente. Esse é o cerne do dilema do capitalismo do prisma da conquista de consumidores: criar mercados e incluir consumidores. Como fazer para isso se tornar realidade?
O presente mercado potencial de seis e meio bilhões de consumidores é um desafio moderno que os Oligopólios terão que vencer. Esse dilema é antigo, mas com o aparecimento da Tecnologia de Informação e comunicação como nova variável - ator decisivo nesse jogo, ele muda de configuração. A Tecnologia de Informação viabilizou a Internet e seu impacto se estende por todos os setores da vida, e essa grande transformação está apenas no começo. São imprevisíveis as conseqüências geradas pelas infinitas possibilidades de aplicação do saber e da tecnologia ao mercado de consumo. A diversidade social, a fragmentação de mercados em contraposição à massificação anonimalizante da globalização, e a crescente força de mercado do indivíduo consumidor, como estrutura social dotada do poder de escolha gerada pelo excesso de oferta entre os competidores, pode configurar um cenário de negócios complexo e multivariado, com um dinamismo e fugacidade sem precedentes históricos. Caminhamos para uma economia aprofundada exponencialmente do prisma da
competição e cheia de possibilidades de crescimento para as empresas, desde que se dotem de saberes técnicos e competências gerenciais capazes de captar tendências de consumo, elaborem e programem as estratégias adequadas à sua sobrevivência. O que se prevê é o crescimento exponencial da competição e seu impacto contundente sobre todos os setores da sociedade.

A Cibersociedade demanda um novo ser social. A educação virtualizada e as técnicas de mercado aplicadas ao produto humano tendem a fortalecer a dinâmica dessa sociedade ciberespetacular, embora ainda existam grandes abismos sociais entre as economias e as culturas nacionais. Surgirão novos serviços, novas aplicações a velhos saberes, como, por exemplo, a psicanálise aplicada às neuroses cibernetizadas e a nutrição aplicada aos alimentos transgênicos.
Politicamente, a bioética se estrutura para avaliar o fenômeno da clonagem e seu impacto social. Essas mudanças configuram um novo e fascinante tempo, no qual a realidade social se enriquece fenomenologicamente e o homem se torna cada vez mais um ser perplexo ante a sua capacidade de gerar novas aplicações para o saber humano e sua incapacidade para resolver problemas sociais seculares.

O Marketing Pessoal é vital para o sucesso e a felicidade
de quem o usa bem e corretamente, pois permite a instrumentalização de poderosas redes de relacionamento e conexão, bem como o estabelecimento de estratégias de vida que levam à felicidade e ao sucesso pessoal. O sucesso não se caracteriza apenas pelo fato de ganhar dinheiro, mas sim pela capacidade de realizar projetos pessoais relevantes. Ser bem sucedido é ser capaz de transformar um sonho relevante em realidade. A intensidade da relevância depende de cada ponto de vista, cada pessoa tem o seu grau de relevância, que se expressa diferentemente em cada momento da vida, por isso o sucesso é relativo. O que é estrutural é o fato de que todos podem, durante sua vida, realizar seus projetos pessoais. Esse é o encanto do marketing pessoal.
Segundo Kazuo Inamori a fórmula do sucesso é entusiasmo versus maneira de ver. Daí, o fato de cada pessoa poder resolver seus problemas pessoais.

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